Apesar de estar em seu terceiro mandato como presidente do Brasil, Lula ainda não visitou Acre Rondônia e Tocantins, revelando um padrão de prioridades que se inclina mais para a diplomacia internacional do que para compromissos internos com todas as regiões do país. Desde janeiro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva percorreu diversos países da América do Sul, Europa e Ásia, mas alguns estados brasileiros continuam fora do roteiro oficial. Essa ausência começa a chamar atenção, principalmente entre as lideranças políticas locais, que esperavam uma visita presidencial para reforçar pautas regionais.
O Uruguai, por exemplo, tornou-se o país mais visitado por Lula nesta atual gestão. Recentemente, ele esteve em Montevidéu para prestar homenagens ao ex-presidente José Mujica, em um evento simbólico que marcou sua quarta viagem à nação vizinha desde o início do mandato. Enquanto isso, Lula ainda não visitou Acre Rondônia e Tocantins, mesmo tendo agendado uma viagem a Porto Velho que acabou cancelada. A justificativa foi a necessidade de comparecer ao funeral do Papa Francisco, reforçando como compromissos internacionais continuam a moldar a agenda do presidente.
Lula ainda não visitou Acre Rondônia e Tocantins e isso tem causado incômodo entre parlamentares dessas regiões. Eles apontam que os estados da Região Norte enfrentam desafios únicos, como isolamento logístico, déficit em infraestrutura e questões ambientais urgentes, e que a presença do chefe do Executivo federal poderia trazer maior visibilidade para essas pautas. A ausência, portanto, é interpretada por muitos como uma negligência institucional que contrasta com a promessa de um governo mais inclusivo e presente nos rincões do país.
Mesmo diante desse cenário, Lula continua priorizando encontros com líderes estrangeiros e a assinatura de acordos multilaterais. A visita ao presidente chinês Xi Jinping e os compromissos com organismos internacionais têm demonstrado a importância atribuída pelo governo à política externa. No entanto, a realidade de que Lula ainda não visitou Acre Rondônia e Tocantins também levanta debates sobre a distribuição equilibrada do tempo e dos recursos públicos na agenda presidencial. A população desses estados espera por uma atuação mais direta do Planalto nas demandas locais.
O cancelamento da visita a Rondônia em abril trouxe frustração para lideranças políticas que aguardavam o presidente para discutir questões ligadas à saúde, ao meio ambiente e à segurança pública. Lula ainda não visitou Acre Rondônia e Tocantins e esse hiato pode afetar inclusive a popularidade do governo nessas regiões, onde o apoio político não é consolidado. A ausência física do presidente tem um peso simbólico e pode ser interpretada como desinteresse ou afastamento, o que enfraquece os laços entre o governo federal e as comunidades locais.
Além das questões práticas, há também um impacto político importante. Em um cenário de forte polarização e disputas regionais por recursos, Lula ainda não visitou Acre Rondônia e Tocantins e isso pode alimentar críticas da oposição que busca apresentar o presidente como alguém distante das necessidades do povo da Amazônia Legal. A oposição já começa a explorar esse vácuo de presença como argumento em debates sobre a distribuição de investimentos, políticas de desenvolvimento sustentável e enfrentamento de crimes ambientais.
Ainda que o governo federal argumente que investimentos estão sendo feitos em todas as regiões, a presença institucional é vista como essencial. Ações à distância nem sempre geram o mesmo impacto que a visita presencial, que tem valor político e simbólico. Lula ainda não visitou Acre Rondônia e Tocantins, mesmo com agendas em estados vizinhos, o que torna a ausência ainda mais evidente. Isso reforça a ideia de que, para além dos programas nacionais, é preciso um olhar mais atento às particularidades de cada estado.
Diante desse contexto, cresce a expectativa para que Lula ajuste sua agenda e inclua visitas aos estados ainda não contemplados. Lula ainda não visitou Acre Rondônia e Tocantins, mas o segundo semestre de 2025 pode ser uma oportunidade para corrigir essa lacuna. A ida do presidente a essas regiões não só atenderia a um apelo político, como também representaria um gesto de valorização das populações que historicamente se sentem à margem das decisões do poder central. Em tempos de reconstrução da confiança pública, essa aproximação direta pode fazer toda a diferença.
Autor: Charlotte Harris